Durante o mês de
janeiro encontra-se patente na Biblioteca António Torrado, uma exposição de
maquetes do mais antigo monumento funerário megalítico a norte do Tejo – a Anta
do Vale da Laje, elaboradas pelos alunos das turmas A, B e C do 5.ºano, da
Escola Gualdim Pais. Este trabalho foi proposto no âmbito da disciplina de
História e Tradições de Tomar, integrada na disciplina de História e Geografia
de Portugal e teve a supervisão da respetiva professora, Ana Filipa Silva.
Com muito empenho,
os alunos deram asas à sua criatividade, habilidade, originalidade e imaginação
e os resultados podem ser apreciados nesta belíssima exposição. Desafio
superado!
A Anta do Vale da Laje,
situada no concelho de Tomar, na Freguesia da Serra e Junceira, no lugar de Casalinhos, é um monumento
pré-histórico do Período Neolítico (à volta do ano 4000 a. C.). É o monumento
funerário mais antigo conhecido a Norte do Tejo, tendo sido construído há 7500
anos.
As antas ou dólmens eram
monumentos funerários ou, pequenos cemitérios coletivos, formados por lajes
verticais – esteios - que suportam uma outra, horizontal, o chapéu. Todavia, essa parte da
construção é apenas a entrada de um monumento mais complicado. Entrava-se neste
monumento através de um corredor curto e estreito formado por várias lajes
verticais, fazendo de paredes, cobertas com lajes horizontais, que conduzia ao
interior onde existia uma sala circular, chamada câmara, para colocação dos
corpos. Esse conjunto era rodeado por lajes deitadas e tudo coberto com terra e
outras pedras, formando uma espécie de monte artificial a que se dá o nome de
mamoa. No exterior existiria um átrio com um altar circular.
Hoje em dia, o que resta
das antas, ou dólmens, são grandes lajes verticais que suportam uma outra,
horizontal, como cobertura.
A Anta do Vale da Laje
(conhecida dos arqueólogos como Anta I) estava acompanhada por outras quatro,
que foram erguidas mais tarde, mas desapareceram por completo.
Os cerca de 90 mortos que
aqui foram enterrados, ao longo de quase 3000 anos, eram acompanhados de vasos,
machados, flechas, placas de xisto e outros objetos em pedra, cerâmica, osso e
madeira. Estes objetos podem ser vistos no Centro de Pré-História do Instituto
Politécnico de Tomar.